INCIDÊNCIA DE ESTEATOSE HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCÓOLICA NA POPULAÇÃO ADULTA ATUAL
Resumo
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma condição de elevada prevalência caracterizada pelo acúmulo de lipídeos no fígado, A prevalência mundial da esteatose hepática parece ser a doença hepática mais comum no mundo ocidental, o sedentarismo, os índices antropométricos elevados e a obesidade, contribuem para o surgimento e desenvolvimento da DHGNA. Objetivo: avaliar as características clínicas e os fatores de risco associados à incidência de DHGNA da população atual dos pacientes de uma clínica de nutrição. Casuística e Métodos: Estudo realizado com análise de prontuários de pacientes de uma clínica de nutrição de uma instituição privada do município de Araçatuba – SP, que regularmente passaram por atendimento nutricional, de ambos os gêneros, com idades maiores que 18 anos. A coleta foi realizada mediante autorização do local. Foram estabelecidos como critério de inclusão, prontuário de indivíduos que aceitaram a pesquisa, que possuíam DHGNA e de ambos os gêneros. Foram excluídos os indivíduos que tiverem idade menor que 18 anos, não aceitarem participar da pesquisa e que não possuírem DHGNA. Foram analisados os prontuários dos pacientes, relacionando a DHGNA com as demais patologias associadas, o estilo de vida e o hábito alimentar. Resultado: Perfil nutricional de obesidade grau II 64% (n=7), seguido de 18% (n=2), 9% (n=1) e 9% (n=1) com obesidade grau I, grau III e sobrepeso. No estilo de vida, 72,72% (n=8) praticavam exercícios físicos e 27,28% (n=3) eram sedentários, 100% (n=11) relataram não fumar, 72,72% (n=8) não consumiam bebidas alcoólicas e 27,28% (n=3) faziam uso. Para o consumo diário de alimentos saudáveis, foram observados 24,4% (n=3) e 23% (n=2) para os não saudáveis. Para doenças crônicas instaladas, 54,54% (n=6) era hipertenso, 91% (n=10) era obeso, 72,72% (n=10) possuía triglicerídeos elevado, 63,63% (n=10) hipercolesterolemia e 54,4% (n=6) com diabetes mellitos tipo II. Apenas 9% (n=1) não era obeso. Conclusão: A frequencia de DHGNA foi detectada em pacientes obesos não alcoolistas e diante do exposto, conclui-se que a obesidade, o estilo de vida e a ingestão e alimentos considerados não saudáveis com alto índice glicêmico e gorduras saturadas, perfazem um sério risco na saúde desses indivíduos, o exercício físico por sua vez pode ser a chave no tratamento de DHGNA, aliado à boa alimentação.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
ALMEIDA, M. A. B.; PAVAN, B. Os benefícios da musculação para a vida social e para o aumento da auto-estima na terceira idade. Rev. Brasileira de Qualidade de Vida, Brasil, v. 02, n. 02, jul/dez. 2010, p. 09-17.
ARAÚJO, L. P.; FORTES, R. C.; FAZZIO, D. M. G. Análise do uso de dietas da moda por
indivíduos com excesso de peso. J Health Sci Inst. v. 31, n. 4, p. 388-91, 2013.
ARRUDA, A. C. R. Perfil Nutricional e Frequência alimentar de adultos - Araçatuba - SP. Centro Universitário Toledo. Trabalho de Conclusão de Curso, 2013.
BARBIERI A, A. F; MELLO, R. A. As causas da obesidade: Uma análise sob a perspectiva materialista histórica. Rev. da Faculdade de Ed. Física da UNICAMP, Campinas, v. 10, n. 1, p. 133-153, 2012.
BEZERRA, I. N.; SICHIERI, R. Características e gastos com alimentação fora do domicílio no Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 44, n. 2, p. 221-229, abr. 2010.
CAMARGO, K. F. Estudo da inflamação e da autoimunidade na Doença Hepática ordurosa Não Alcoólica. Botucatu. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu , 2014, p. 1-12.
CHAVES, G. V. et al. Association between non-alcoholic fatty liver disease and liver function/injury markers with metabolic syndrome components in class III obese individuals. Rev Assoc Med Bras. v. 58, n. 3, p. 288-293, 2012.
CLARO, R. M.; et. al. Consumo de alimentos não saudáveis relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.24, n.2, p.257-265, abr-jun 2015.
COTRIM, H. P. Doença hepática gordurosa não alcoólica: história natural. Gazeta Médica da Bahia v. 79 (Supl.2), p. 46-47, 2009.
DIAS, G. A. et al., Avaliação da frequencia de esteatose hepática detectada ao ultrassom abdominal de pacientes obesos não alcoolistas. GED, v. 28, n. 4, p. 115-120, 2009.
FRANÇA, F.C.O. et al. Mudanças dos Hábitos Alimentares Provocados pela Industrialização e o Impacto sobre a Saúde do Brasileiro. Anais do I Seminário Alimentação e Cultura na Bahia 1 Alimentação e Cultura na Bahia. Centro de Estudos do Recôncavo UEFS. p 1-7, 2014.
GASPARETTO, R. M.; SILVA, R. C.C. Perfil antropométrico dos universitários dos cursos de nutrição, enfermagem, fisioterapia e educação física do Centro Universitário La Salle , Canoas /RS. Rev. Assoc. Bras. Nutr. v.4, n.5, p.30-33, 2012.
GULANO, B; TINUCCI, T. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, p.37-43, dez. 2011.
HENRIQUÉZ, P. C; CARVALHO, A. M. P. Percepção dos benefícios do consumo de drogas e das barreiras para seu abandono entre estudantes da área da saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.16 n.spe Ribeirão Preto July/Aug. 2008.
MACHADO, M. L.; SCHEWITZER, T; MACIEL, C. C; SANTOS, S. H; GONÇALVES, J. A; COLUSSI, C. F. Avaliação do estado nutricional e estilo de vida dos alunos da disciplina de Condicionamento Físico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). EFDeportes.com, Rev.Digital. Buenos Aires - v.16 - n. 158, 2011. Disponível em:. Acesso em: 01/02/2016.
NASCIMENTO, T. A. S. Reclassificação do risco cardiovascular estimado pelo escore de framingham utilizando o conceito dos critérios agravantes. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Sergipe. Aracajú, 2009
PEREIRA. A.E.S; ANASTÁCIO. S.A; Avaliação antropométrica de funcionários e não funcionários atendidos no stand do curso de nutrição, Unigranrio por ocasião da comemoração do aniversário da universidade. Rev. Saúde & Ambiente em revista, v.2, n.2, p.74-81 Duque de Caxias 2007. Disponível em: http://publicacoes.unigranrio.edu.br/index.php/sare/article/viewFile/247/236 Acesso em: 03/10/2013.
RAMIS, T. R; et al. Tabagismo e consumo de álcool em estudantes universitários: prevalência e fatores associados. Rev. bras. epidemiol. v.15 n.2, São Paulo June 2012.
SOLER, G. L. N. et al., Prevalência de esteatose hepática e consumo de álcool em participantes do Projeto Atividade Física na Vila. Rev bras med fam comunidade, v. 6, n. 18, p. 46-51, Jan/Mar, 2011.
SOUZA, D. P.; Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar de acadêmicos do curso de nutrição da Universidade Federal de Pelotas. Rev. HCPA v.3 n.32, p.275-282, 2012.
SOUSA, A. V. et al., Doença hepática gordurosa não alcoólica: Revisão de literatura. Revista Ciências em Saúde v4, n 1, jan-mar, 2014.
SZUCK, P. Avaliação do Nível de Atividade Física, Estado Nutricional e Consumo Alimentar de academicos do curso de Nutrição de uma Instituição de Ensino Superior da Cidade de Curitiba - PR. Corpus et Scientia Rio de Janeiro, v.8, n.3, p. 98-108, 2012.
Apontamentos
- Não há apontamentos.