INCIDÊNCIA DE ESTEATOSE HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCÓOLICA NA POPULAÇÃO ADULTA ATUAL

Mariane Pravato Munhoz, Adriane Garcia Lemos, Rodrigo Detone Gonçalves, Jeferson Colevatti Dos Anjos, Joice Ferreira Lopes, Laís Gabriela Celemi

Resumo


Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma condição de elevada prevalência caracterizada pelo acúmulo de lipídeos no fígado, A prevalência mundial da esteatose hepática parece ser a doença hepática mais comum no mundo ocidental, o sedentarismo, os índices antropométricos elevados e a obesidade, contribuem para o surgimento e desenvolvimento da DHGNA. Objetivo: avaliar as características clínicas e os fatores de risco associados à incidência de DHGNA da população atual dos pacientes de uma clínica de nutrição. Casuística e Métodos: Estudo realizado com análise de prontuários de pacientes de uma clínica de nutrição de uma instituição privada do município de Araçatuba – SP, que regularmente passaram por atendimento nutricional, de ambos os gêneros, com idades maiores que 18 anos. A coleta foi realizada mediante autorização do local. Foram estabelecidos como critério de inclusão, prontuário de indivíduos que aceitaram a pesquisa, que possuíam DHGNA e de ambos os gêneros. Foram excluídos os indivíduos que tiverem idade menor que 18 anos, não aceitarem participar da pesquisa e que não possuírem DHGNA. Foram analisados os prontuários dos pacientes, relacionando a DHGNA com as demais patologias associadas, o estilo de vida e o hábito alimentar. Resultado: Perfil nutricional de obesidade grau II 64% (n=7), seguido de 18% (n=2), 9% (n=1) e 9% (n=1) com obesidade grau I, grau III e sobrepeso. No estilo de vida, 72,72% (n=8) praticavam exercícios físicos e 27,28% (n=3) eram sedentários, 100% (n=11) relataram não fumar, 72,72% (n=8) não consumiam bebidas alcoólicas e 27,28% (n=3) faziam uso. Para o consumo diário de alimentos saudáveis, foram observados 24,4% (n=3) e 23% (n=2) para os não saudáveis. Para doenças crônicas instaladas, 54,54% (n=6) era hipertenso, 91% (n=10) era obeso, 72,72% (n=10) possuía triglicerídeos elevado, 63,63% (n=10) hipercolesterolemia e 54,4% (n=6) com diabetes mellitos tipo II. Apenas 9% (n=1) não era obeso. Conclusão: A frequencia de DHGNA foi detectada em pacientes obesos não alcoolistas e diante do exposto, conclui-se que a obesidade, o estilo de vida e a ingestão e alimentos considerados não saudáveis com alto índice glicêmico e gorduras saturadas, perfazem um sério risco na saúde desses indivíduos, o exercício físico por sua vez pode ser a chave no tratamento de DHGNA, aliado à boa alimentação.


Palavras-chave


Antropometria, doença crônica, pacientes, nutrição

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